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domingo, 27 de setembro de 2009

Tetris Humano

Em entrevista ao G1, criador comemora 10 milhões de cliques no vídeo. Filme que transforma pessoas em peças de game foi eleito o mais criativo do YouTube.

O criador multimídia Guillaume Reymond, 39, teve o reconhecimento de seu trabalho, quando esse arquivo chamado “Tetris” foi premiado pelo YouTube como o mais criativo de 2007. Desde então, o conteúdo tornou-se referência no site de vídeos do Google e ganhou mais alguns milhões de acessos, somando agora 10,1 milhões de cliques.

Essa simulação de “Tetris”, que usa pessoas no lugar das tradicionais pecinhas, é apenas um dos vídeos do projeto “Game Over”. Antes de produzir o vencedor do “Oscar do YouTube”, Reymond já havia criado vídeos parecidos baseados nos jogos “Pole position”, “Space invaders” e “Pong”. “Fico muito feliz que um projeto de criatividade artística tenha alcançado esse sucesso”, afirmou o criador franco-suíço em entrevista por e-mail ao G1.

Apesar de “Tetris” ser o campeão, Reymond não o considera o mais complexo dos vídeos. “As regras de movimento em ‘Tetris’ eram um pouco mais simples do que em ‘Pole position’ ou ‘Space invaders’. Por isso, as pessoas se moviam mais rápido e conseguíamos filmar as cenas com mais agilidade”, explicou. As filmagens foram realizadas em novembro de 2007 e levaram quatro horas e meia para serem concluídas. No total, 88 pessoas representaram os pixels (menor ponto de uma imagem digital) que formam as pecinhas do game.

Organização
Para o criador do projeto, também dono da agência multimídia NOTsoNOISY, o importante na hora de produzir esses vídeos é a organização. “Eu penso, planejo e organizo tudo durante três semanas. Todos os movimentos e regras estão prontos antes das filmagens e, por isso, sei o que fazer em cada situação”, disse. A parte mais estressante do projeto está ligada à instalação, pois Reymond sempre faz as filmagens em teatros diferentes. “Preciso encontrar um lugar para colocar minhas câmeras e também o telão onde as pessoas podem ver sua atuação.”

Antes de cada evento, o diretor explica para os pixels humanos o que vai acontecer, a importância de eles estarem concentrados e também exibe um vídeo com os bastidores da performance anterior. Tudo isso para os voluntários saibam por que estão ali e não fiquem impacientes durante as gravações. “No fim é tudo tão divertido, que eles acabam participando
do jogo”, contou o franco-suíço que coordena seus pixels com a ajuda de um microfone.

Reymond criou o projeto “Game Over” com o objetivo de criar um conteúdo participativo em festivais internacionais de teatro, dança ou outros tipos de performance. O criador diz não ganhar dinheiro com esse trabalho e diz que o sucesso na internet é apenas uma consequência do trabalho, e não seu principal objetivo. “Coloquei esse material na web para que os voluntários pudessem mostrar as filmagens para seus contatos e também para os festivais internacionais conhecerem meu trabalho e me convidarem para novas performances”, disse.

Fonte: Juliana Carpanez
Do G1, em São Paulo

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